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Espaço
de debate:
Efeitos de tamanho quântico e sua importância para a reactividade e estabilidade das nanoestruturas
Na base da nanociência está o conceito de que a matéria mostra novas propriedades se reduzirmos o seu tamanho, por debaixo de uma certa longitude crítica. Por detrás deste conceito está o facto de que o confinamento electrónico produz a aparição de um conjunto novo de estados quânticos discretos, chamados Estados de Poço Quântico, cuja ocupação sequencial pelos electrões resulta em que muitas propriedades físicas oscilem com o tamanho do objecto. Isto é o que se conhece como Efeitos de Tamanho Quântico: Aqui descrevem-se efeitos deste tipo no que se refere à reactividade química e à estabilidade de nanoestruturas. |
Rodolfo Miranda
Laboratorio de Superficies
Departamento de Física de la Materia Condensada e Instituto Nicolás Cabrera
Universidad Autónoma de Madrid
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Nanobiotecnología: Avanços Diagnósticos e Terapêuticos
A Nanobiotecnologia, convergência entre a Nanotecnologia e a Biotecnologia, é o ramo da Nanotecnologia que se perfila como a de maior impacto num futuro próximo devido às suas importantes aplicações, especialmente, de diagnóstico e terapêuticas. A detecção precoce de doenças (como o cancro), o seu tratamento precoce a nível personalizado o posterior acompanhamento da sua evolução serão possíveis nos próximos anos graças à aplicação das ferramentas nanobiotecnológicas que se estão actualmente desenvolvendo. Este artigo pretende dar uma visão do que é a Nanobiotecnologia em geral e a Nanomedicina, em particular, mostrando os mais importantes avanços nestes campos que poderiam dar lugar a novos sistemas de diagnóstico e terapêuticos de maior eficácia que os existentes, o que redundaria numa maior qualidade de vida para os cidadãos. |
Laura M. Lechuga
Grupo de Biosensores. Instituto de Microelectrónica de Madrid (IMM-CNM) CSIC
Carlos Martínez-Alonso
Departamento de Inmunología y Oncología. Centro Nacional de Biotecnología (DIO-NB) CSIC
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Nanotecnologia e Economia
A ciência económica reserva a análise das novas tecnologias no campo da mesoeconomía (sectores, territórios, instituições). Este artigo centra-se no âmbito sectorial e aborda em primeiro lugar os contributos esperados das nanotecnologias à estrutura económica caracterizada por um modelo aberto de Leontief; em segundo lugar, vincula esta transformação estrutural à evolução dos ciclos económicos a longo prazo (Schumpeter), associando o potencial da nanotecnologia ao processo de convergência nano-bio-info-cogno (NBIC). Conclui com propostas para a política científica e tecnológica neste campo. |
Emilio Fontela
Universidad Antonio de Nebrija
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Sala aberta:
A terceira edição do Manual de Oslo: mudanças e implicações. Uma perspectiva de capital intelectual
O Manual de Oslo é a principal fonte internacional de orientações para a recolha e análise de informação relativa à inovação. Forma parte da denominada “Família Frascati” da OCDE a terceira edição, publicada em Outubro de 2005, foi actualizada para recolher os progressos feitos na área do processo de inovação. Uma das principias razões que dinamizaram a actualização foi a necessidade de ampliar as orientações e recomendações a áreas de serviços. Acresce, pela primeira vez, o Manual entra na área da inovação não tecnológica, que tem um peso importante na inovação total deste sector. Portanto, a maioria das mudanças que este Manual sofreu encaminham-se a responder à eminente necessidade de medir os factores de inovação que não estão directamente relacionados com a I+D. Entre ditas mudanças destacam-se:
- Revisão e ampliação da definição da inovação, para incluir dois novos tipos: inovações de marketing e organizacionais.
- Medição das actividades de inovação, com dois novos tipos: preparativos para inovações de marketing e preparativos para inovações organizacionais.
- O papel que as relações externas da empresa (denominadas Capital Relacional no quadro teórico do Capital Intelectual) jogam no processo de inovação.
O objectivo deste artigo é o de mostrar como o citado Manual de Oslo não faz mais que seguir a tendência generalizada a nível mundial onde a medição dos intangíveis e do Capital Intelectual estão a conquistar uma importância crescente e onde a criação de um relatório sobre o Capital Intelectual por parte das empresas considera-se cada vez mais uma ferramenta chave para a medição destes factores. Várias organizações, como a OCDE e a União Europeia, já puseram em funcionamento diversas iniciativas. Em Espanha, projectos como INnoTEC deixam o caminho aberto. O objectivo básico deste projecto é de aprofundar os conhecimentos adquiridos sobre factores não tecnológicos no processo inovador desenvolver um quadro teórico sobre os mesmos, para ser aplicado a três áreas incluídas entre as prioritárias da presente convocatória do Plano Nacional de I+D+i, como são a) a inovação nas PMEs; b) os mercados de trabalho da ciência e c) os sistemas sectoriais e regionais de inovação.
Com esta situação de partida, a pergunta que pomos é se, com as novas ferramentas do Manual de Oslo, os Institutos de Estatística nacionais conseguirão recolher informação fiável sobre estes novos tipos de inovação. A nossa resposta à priori não é excessivamente positiva, e a base que suporta este postulado desenvolve-se durante o texto para dar lugar a conclusões finais.
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M. Paloma Sánchez
Catedrática de Economía Aplicada
Universidad Autónoma de Madrid
Rocío Castrillo
Doctoranda en Gestión de la Innovación y Política Tecnológica
Ayudante de Investigación Universidad Autónoma de Madrid
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“Apoiando o Crescimento na Inovação: Melhoria do Crédito Fiscal à I+D”. Ministério de Comércio e Indústria do Reino Unido (Julho de 2005)
Espanha tem na actualidade o quadro fiscal para I+D+i mais favorável da OCDE. O sistema de deduções fiscais sobre a base tributável do Imposto de Sociedades, ainda que se trate de uma estrutura relativamente jovem e por isso com dificuldades de funcionamento. |
Daniel de la Sota Rius
Director Dpto. Innovación y Nuevas Tecnologías CEIM Confederación Empresarial de Madrid-CEOE
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